DIRETÓRIO MUNICIPAL DE MARABÁ - PA
Nota sobre as Alianças em Belém e Macapá
Fomos surpreendidos
com a notícia de que Lula e Dilma apareceria no programa de televisão do PSOL.
Mesmo já sabendo do apoio anunciado pelo PT à candidatura do Edmilson, o qual
interpretamos como uma contradição do PT e não nossa. Mas, não foi só um apoio,
foi uma aliança mais profunda.
Achamos que tal
aliança desrespeitou a militância partidária que construiu uma alternativa
política nestas eleições. Militância essa que enfrentou o lulismo. Lula e Dilma
se aliaram ao que há de mais podre na política nacional, como Eduardo Paes no
Rio de Janeiro, Maluf em São Paulo e Jader Barbalho em Belém e muitos outros no
Brasil. Utilizaram-se da máquina pública para tentar eleger os candidatos da
base governista colocando seus ministros para fazerem campanha.
Essa aliança rasgou o
programa partidário. O PSOL não surgiu como oposição oportunista ao governo
Lula. Rompemos com o PT por definição de classe e programática. Saímos do PT
quando percebemos o esgotamento desse partido como ferramenta de luta para o
povo. Discordamos quando Lula aprovou a reforma da previdência de 2003 e
expulsou os radicais do PT. Estivemos na linha de frente denunciando o
Mensalão, e junto com os trabalhadores em todas as greves do serviço público
federal. Denunciamos a política econômica do governo perante a crise.
E agora, nessas
eleições vimos que pra ganhar uma prefeitura nos aliamos com o inimigo. Mas, o
pior foi mesmo defender o inimigo e suas realizações, como minha casa minha
vida, que manteve os lucros das construtoras. Depois da maior greve da educação
federal por melhores condições de trabalho e educação com qualidade, onde a
juventude do PSOL teve uma forte participação, levaram para a TV o Ministro da
Educação Aluísio Mercadante. Edmilson assumiu nos debates, que iriamos governar
de mãos dadas com a Dilma, para isso ocorrer PSOL teria que ser base do
governo, será que foi esse o acordo?
Entendemos que, a
aliança com PT em Belém e PTB e DEM em Macapá, é a expressão de uma política
eleitoreira defendida pelo presidente do PSOL Ivan Valente e sua corrente
(Dissidência da APS). Essa tática eleitoral mostra que o horizonte estratégico de uma parte
da direção nacional é apenas eleitoreiro. Perfil que o PT assumiu quando deixou
de lado a mobilização do povo para apostar, que através de vitorias eleitorais
pode-se fazer mudanças. Mas, essa estratégia eleitoral só tem viabilidade
quando nos aproximamos de partidos representantes dos interesses burgueses como
o ocorrido em Belém e Macapá.
Repudiamos a linha política
e as alianças que foram feitas no segundo turno em Belém e Macapá. Nossa luta
no próximo período será combater as posições oportunistas que desviam o partido
de seu perfil fundacional. O diretório municipal faz um chamado a militância
partidária à combater a política expressa em Belém e Macapá. Repudiamos
também o apoio recebido do PDT de Giovanni Queiroz e do prefeito eleito de
Marabá João Salame (PPS) que ambos representam na política os latifundiários
da região sul e sudeste do Pará.
Diretório Municipal
PSOL Marabá
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